Fronte Violeta é formado por Anelena Toku e Carla Boregas. Investigam o som a partir de encontros, seu comportamento em diferentes ambientes e como se constrói de maneira multissensorial. Permeadas por um contínuo interesse pela presença elementar da natureza, o duo combina de forma mutável música eletrônica, experimentações sonoras e visuais propondo situações imersivas, performativas ou laboratoriais em que cada projeto se desenvolve de maneira particular.
Entre seus projetos recentes estão o trabalho “Clarão” que circula entre os campos visual, sonoro e olfativo, a peça audiovisual “Lapso”, a performance e laboratório baseados em uma partitura efêmera “Notação Floral” e a criação do espaço dedicado às sonoridades inventivas “AUTA”, em parceria com a artista Juliana R.
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Durante sua estadia na Serrinha do Alambari, Anelena Toku e Carla Boregas (Fronte Violeta) se dedicaram a desenvolver um projeto que ativasse as percepções que se tem com o corpo inteiro, aliando a escuta a outras sensações corpóreas.
As gravações dos sons de um gongo de ferro, de um cacho seco de palmeira-juçara e um coração de bananeira (plantas típicas da região) foram processadas e editadas durante a criação de uma peça sonora para escuta numa sessão de sauna na residência.
A peça foi reproduzida dentro de um vaso de cerâmica (caixa acústica e térmica dentro da sauna quente e úmida), combinada aos sons ambientes do funcionamento da sauna e de seu entorno: a água em contato com as pedras quentes, os estalos das madeiras sob o fogo, a respiração dos participantes e a movimentação da fauna e flora locais no exterior da sauna
No interior da sauna também foram queimadas cascas de laranja e folhas de pau-de-incenso (falsa-mirra).
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