Mariana Rodrigues nasceu em Osasco e se formou em Design Digital pela Universidade Anhembi Morumbi. Caminhante, vive e trabalha no Mundo. Sua prática pictórica abstrata está ligada ao estudo de práticas corporais e ancestrais de cosmovisão de matrizes afrikanas e do Antigo Kemet (Egito), nas quais corpo, mente e espírito são compreendidos como uma unidade. Esta percepção atravessa toda sua pesquisa e se materializa através de formas, cores e gestos, utilizando-se de diferentes suportes que vão além de uma compreensão racional.

Para a artista, sua pintura é um ritual, resultado de muitos processos internos e espirituais despertados pelos seus deslocamentos por várias regiões do Brasil. Mariana também é integrante do Nacional Trovoa, coletivo de mulheres racializadas, participantes do circuito da arte contemporânea brasileira. Seu trabalho já foi exposto em importantes instituições brasileiras como Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte do Rio (MAR) e Instituto Tomie Ohtake.

“Neste momento, ter um espaço e uma estrutura que viabilize a continuidade dessa produção se faz extremamente necessário, principalmente vindo de um contexto onde a produção artística estava longe de ser uma possibilidade de carreira. Até porque, em um tempo onde artistas negros pintam suas realidades e existências através do figurativo (não desqualificando a produção destes), tem sido um desafio a minha permanência no mercado das artes, por mais que meu trabalho tenha um significativo reconhecimento e circulação. Uma mulher negra que traz sua subjetividade ao pintar abstrato, torna-se assim um ato político por si só.”

Durante a Resiliência | Arte e Agricultura, a artista dá continuidade no desenvolvimento do catálogo de bioma: uma pesquisa de catalogação das pinturas naturais originadas de pedras, rochas, solos, liquens, águas, das cores e pigmentos naturais, plantas e paisagens do bioma do território da residência, a região da Serrinha do Alambari. E como registro de memória do território, também produziu obras abstratas a partir dos pigmentos coletados nas terras e transformados em tintas naturais, dando seguimento às técnicas que tem desenvolvido atualmente dentro da pintura.

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Título: Sem Título
Técnica: Acrílica, giz pastel oleoso
Dimensões: 173 x 94 cm

Título: Sem Título
Técnica: Pigmento natural de terra e acrílica sobre fibra de Palmeira Juçara
Dimensões: 155 x 16 cm

Título: Livro de artista em processo
Técnica: Múltiplas
Dimensões: 21 X 29,7cm
Ano: 2023 (em processo)