Hemak é um artista e diretor de Arte Angolano, formado em artes plásticas e multimédia, e um dos membro fundador do coletivo Verkron. Experimenta e explora no seu trabalho, o pensamento e a prática afro-surrealista e afro-futurista através de contos que imaginam de forma radical novas possibilidades de se pensar o mundo, que olha para diferentes práticas como a pintura, neomuralismo, fotografia, vídeo e instalação como ferramentas, que evocam práxis mística, imaginação radical e um modo de vida. Podemos pensar no seu trabalho como espaços livres que evocam utopias piratas ou zonas autônomas temporárias, que trazem à tona aspectos metafísicos da cultura africana que muitas vezes são deixados de fora das narrativas dominantes da sociedade angolana moderna.

Para Hemak, a arte é a consequência visual de uma existência profunda, um método de aprendizagem, um meio de resolver contradições imobilizantes, uma forma de mudar a forma como vemos o mundo.

Durante a Resiliência, sua obra começa a se desenhar em torno de um exercício que tenta excluir ao máximo o ser humano do centro de qualquer narrativa ou discurso. Sem propor uma narrativa salvacionista para o problema do antropoceno, busca pensar a relação desequilibrada do ser humano com a terra como um objeto que comprova a virtualidade antropomórfica universal, e a partir daí, propõe outras teorias do real pensadas através da preceptiva da terra.

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Título: “SONHO DE KVNGO” (CONTOS SOBRE O IMAGINÁRIO DA TERRA) capítulo 1
Técnica: Instalação ( caixas de vidro, terra de Angola, espelho, som)
Dimensões: 100 cm ( Ø ).

Título: “SONHO DE KVNGO” (CONTOS SOBRE O IMAGINÁRIO DA TERRA) capítulo 2
Técnica: Desenhos a caneta sobre papel, colagem, fita adesiva preta, raízes, sementes, lavanda de angola.
Dimensões: 210 x 297 mm

Título: “SONHO DE KVNGO” (CONTOS SOBRE O IMAGINÁRIO DA TERRA) capítulo 3
Técnica: vídeo.